Por um tempo eu esperei pra dizer isso e quantas vezes eu calei a mim mesmo pra não arriscar te perder aos poucos? Eu indaguei tanta dor e tanto remorso por não expressar o que sentia, por não demonstrar esse afeto e preocupação exagerada que tenho. Eu me mutilava por dentro antes de dormir e pensava em cada oportunidade que perdia por não falar que te amo. Tinha medo. Medo de você simplesmente se afastar como se fosse simples me acostumar com a tua ausência. Medo de você mudar a forma de agir como se também fosse fácil conviver sem teus doces apelidos. Eu tinha receio, receio de que a pessoa que eu mais amei simplesmente mudasse pra não me machucar, porque é isso que todos fazem, usam a desculpa de que não quer me ver mal e desaparecem, desaparecem com uma força absurdamente assustadora. Como elas conseguem? Como conseguem entrar na minha vida, revirar meu coração, fazer minha cabeça e ir embora como se não significasse nada? Como se fosse fácil seguir em frente? E nesse momento me deparo com o meu eu mais profundo e chego na dúvida mais cruel. Será que sou eu? Será que me doo muito pra quem tanto amo que me torno tão frágil perante ele a ponto de fazê-lo se consternar com a possibilidade de me fazer sofrer? O amor é uma faca de dois gumes. Existe a medida certa no tempo correto para que entreguemos nosso coração. Eu aprendi a segurá-lo bem perto de mim. e só expor totalmente meus sentimentos com aquele que me sirva doses maciças de carinho em uma bandeja enfeitada de desejos e emoção. E se não quiseres esperar que se vá porque o amor deve ser cultivado, deve ser bem cuidado para que possa permanecer e aos poucos florescer se entregando. Ele nunca deverá ser dado como um pacote de presente enlaçado ao abrir a porta. E se eu te amo hoje vou saber lhe mostrar todas as nuances desse meu amor em um roteiro bem escrito e emocionado, mas por enquanto deixe-me aqui te amando silenciosamente e te desejando calado, quando perceber que sou teu verá o meu valor.”
— Willians Souza & Elisa Bartlett (via cristaliss)
Pensando sobre minha vida
Reviewed by
Marcelo Pigozzo
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13:27
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