“Ela não era dessas garotas que trocavam um bom
livro por um noitada com as amigas; nem das que ligava para compras,
shopping, ou jóias; muito menos das que se oferecia ou saia com qualquer
cara da escola. Ela era diferente. Era do tipo que se importava
com qualquer coisa e se preocupava facilmente. Tinha um charme
intrigante, eu poderia observa-lá por horas tentando descobrir o que
chamava atenção, mas não conseguia distinguir em meio a tamanha beleza.
Assim como eu, ela tinha cara de quem curtia um bom e velho rock in
roll, tipo, Beatles. Era encantadora, contagiava tudo por onde passasse e
deixava qualquer cara de queixo caído. E quando ela sorria? Parecia que
o mundo inteiro se iluminava. O que me impressionava, era seu excesso
de segurança e auto-estima. Ela se sentia confiante, determinada, e
tinha quem quisesse e quem á queria não á tinha. Ela era especial.
E eu? eu era apenas o cara otário que madrugava aos sábados, enchendo a
cara e se refugiando dos problemas. Eu era o problemático, o sem nexo,
embaraçado, o solitário que não se socializava - na verdade, não era
muito fã de pessoas -. Meu mundo não tinha cor, totalmente sem graça. Eu
era inseguro, fútil, vivia por viver. E por algum motivo, ela se
aproximou de mim. Não entendia porque diabos ela viu num cara como eu;
porque se interessou ou sei lá, mas eu me sentia bem quando estava com
ela. E com o passar do tempo, o que era rotina passou a ser necessidade,
o esperado aconteceu, eu não sabia o que era viver sem ela, e ela não
sabia viver sem mim. E conhece-la meu deu motivos para te confirmar, meu
amigo, os apostos realmente se atraem.”
Os opostos se atraem
Reviewed by
Marcelo Pigozzo
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07:37
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